O Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PPgCTI) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) divulga…
A empresa Orby, fundada pela mestra em Ciência, Tecnologia e Inovação Maria Eduarda Franklin, e incubada pela Tecnatus, incubadora do Centro de Tecnologia (CT/UFRN), foi premiada na Brazil Conference at Havard and MIT, que aconteceu no último dia 31 de março. A conferência é realizada anualmente pela comunidade brasileira de estudantes em Boston para promover o encontro com líderes e representantes da diversidade do Brasil, discutindo temas relacionados à política, economia, cultura e sociedade.
A Orby é a desenvolvedora do Audionics, um aparelho auditivo desenvolvido para jovens que possuem perda auditiva, com a proposta de entregar uma melhor qualidade de som aliada a um design mais ergonômico e moderno, que se encaixe às necessidades da nova geração. A ideia surgiu enquanto Eduarda trabalhava em um instituto de neuroengenharia. Uma amiga fonoaudióloga compartilhou as problemáticas das pessoas com perda auditiva, fazendo com que Eduarda refletisse e iniciasse uma profunda pesquisa e imersão no mercado, resultando na criação do Audionics.
A empresa, que já ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais com o projeto Ortech, agora vem sendo reconhecida também com o desenvolvimento do Audionics. Maria Eduarda conta que conheceu a Brazil Conference através de um mentor, e resolveu inscrever o projeto no HackBrazil, um dos programas da conferência, que selecionou 75 projetos na primeira fase. Destes, 25 avançaram para a próxima fase, que contou com a mentoria de profissionais de ponta, e apenas 5 desses projetos foram à Boston para participar da última fase.
Além de ter sido a única representante do Nordeste na final do programa, a Orby saiu como a grande vencedora com o seu dispositivo auditivo, levando o prêmio de R$ 75 mil reais. “Foi um momento ímpar. Quando apresentamos (o projeto), todo mundo aplaudiu e muitas pessoas vieram falar conosco, nos parabenizar, falar como estavam felizes, pedir para tirar foto e o resultado (do prêmio) ainda nem tinha saído”, contou a CEO Maria Eduarda.
Eduarda, que também é Engenheira Biomédica e mestra em Neuroengenharia, conta que o Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação da UFRN foi uma escola para ela. As diversas matérias sobre mercado, criatividade e gerenciamento, ministradas por professores capacitados, a levaram a ser a líder e gestora que é hoje. “Espero com isso deixar inspiração e o convite para que outros cientistas se especializem e tragam suas produções para o mercado, porque a indústria precisa de tecnologias inovadoras, disruptivas, que entreguem proposta de valor para o cliente, porque eu acredito que com a educação, a ciência e com a tecnologia, conseguimos fazer uma sociedade mais promissora, estável e que têm tudo para crescer em todos os âmbitos”.