Pesquisa realizada pelo aluno Richardson Menezes “PyMiceTracking: An Open-Source Toolbox For Real-Time Behavioral Neuroscience Experiments” é publicada no maior evento da área de Visão Computacional e Machine Learning. O Computer Vision and Pattern Recognition Conference (CVPR) aconteceu em junho deste ano, em New Orleans (EUA). Além da conferência principal, o evento trouxe vários workshops e cursos de curta duração, ocorrendo de forma híbrida (presencial e virtualmente).

O estudo, que contou ainda com a colaboração de Aron de Miranda, pesquisador do Instituto do Cérebro, trata do desenvolvimento de uma ferramenta computacional para auxiliar experimentos de neurociência utilizando animais, permitindo, assim, o avanço das pesquisas na área e elevando os limites do desenho de experimentos. ”A publicação mostra como a computação pode servir de ferramenta para outras áreas. Exibe também o impacto da multidisciplinaridade científica e da criatividade brasileira para resolver problemas, característica nossa, reconhecida no mundo.”, afirmou Helton Maia, professor orientador do projeto.

Richardson, atualmente estudante do curso de Engenharia da Computação e pesquisador em aprendizado de máquina, robótica e visão computacional, conta que a influência do Laboratório de Automação e Robótica (LAR) da Escola de Ciências e Tecnologia no projeto foi imensurável, não apenas por fornecer a estrutura necessária para o desenvolvimento da pesquisa, quanto por criar um ambiente em que ideias e pesquisas assim floresçam. O aluno afirma que é muito gratificante ver os projetos para os quais se dedicou tanto tempo atingindo patamares inimagináveis. Além disso, ter a possibilidade de mostrar a excelência da pesquisa brasileira mundo afora é essencial para o fortalecimento nos investimentos para a ciência no país.

A publicação da pesquisa traz um avanço significativo na área tecnológica. Segundo o estudante, a ferramenta proposta tem impacto direto nas pesquisas realizadas na área de neurociência, pois além de possibilitar a análise automática dos dados, os pesquisados podem agora projetar experimentos mais sofisticados para os quais os volumes de dados gerados seriam inconcebíveis de serem processados por um humano.

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