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Se consolidando cada vez mais como um grupo de arte e cultura que reflete conceitos práticos da arte tecnológica e contemporânea, o 10 Dimensões mostra a relação entre ambientes virtuais e físicos de forma integrada e proporciona uma experiência que vai além de uma simples exposição.
O nome 10 Dimensões é herdeiro de um projeto de pesquisa também com caráter de extensão denominado “10 Dimensões: Diálogos em rede, corpo, arte e tecnologia” realizado de 2010 a 2012. O projeto apresentou-se como dois ciclos de 10 eventos cada um, em que era abordado uma dimensão ou aspecto da ligação arte e tecnologia. Quando chegou ao fim, foi realizada a ideia do 10 Dimensões como se encontra hoje, um grupo permanente na área de Cultura.
Inicialmente idealizado pela professora Laurita Salles, do Departamento de Artes (DEART/UFRN), que hoje atua como coordenadora junto ao professor Aquiles Burlamaqui, da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT/UFRN), a ação traz todos os anos a produção de pelo menos uma nova obra de arte tecnológica, com apresentações em circuitos locais, nacionais ou internacionais. As exposições são um momento privilegiado para a sociedade, pois é a oportunidade de interação real com as obras, resultado do trabalho de equipes ao longo de oito anos nas áreas de Artes Visuais, Ciência e Tecnologia, Redes, Design, Teatro, Produção Cultural e Música.
Atualmente, se encontram em execução os subprojetos: Baile de Robôs e Face Holograma 3D virtual. O Baile de robôs é uma instalação interativa com três mini robôs que se movimentam em enxame ou individualmente em um espetáculo de dança. Cada mini robô apresenta aspectos luminosos e manifestações sonoras criadas a partir de seus próprios movimentos. “Temos um mini espetáculo com o nome provisório Desentendimentos e Encontros, onde robôs se movem a partir dos comandos dos participantes, por meio de um site, que por sua vez é acessado a partir do celular do projeto. Cada interator controla individualmente os mini robôs em sua dança de enxame”, explica a professora Laurita.
Já o Face Holograma 3D virtual envolve apresentar imagens captadas por uma câmera focada no rosto do interator e replicadas como quatro imagens holográficas em um dispositivo modular, de forma a mostrar aspectos diversos desse sujeito, como tristeza, alegria e medo. As imagens 3D virtuais são foco de um projeto poético dentro da temática dos “eus desdobrados como projeções”, concretas e em sentido figurado.
O professor Aquiles fala de suas expectativas dentro do projeto. “Esperamos explorar conceitos de arte e interatividade do público com artefatos tecnológicos constituídos de componentes de hardware e software que dialogam com um conceito artístico. Para alunos de ciência e tecnologia e engenharias é desafiador criar tais componentes, pois normalmente trazem desafios tecnológicos que os fazem pensar fora da caixa”, relata.
Alan Dionísio, aluno da ECT, conheceu o projeto através do professor Aquiles, quando fazia parte do Colabeduc. Agora, ele trabalha com o Baile dos Robôs na parte de programação e montagem do hardware, para que, assim, os robôs reproduzam as coreografias e façam uma dança. “Na parte do extraclasse foi muito importante o projeto, principalmente pelo fato de que ter esse contato mais prático me fez aprender coisas que não tinham ficado claras na teoria vista em sala de aula. O networking também é muito importante porque conheci muitas pessoas talentosas, com troca de conhecimentos em diferentes estágios da vida acadêmica”, pontua Alan.
E como para todas as produções existem diversos envolvidos. Renan Valcácio, aluno do último semestre de Música, é quem faz as trilhas sonoras de algumas das obras. “Estou compondo trilhas da obra Holograma 3D virtual, cada trilha tenta demonstrar através da música os sentimentos evocados no holograma pelo interator, o que cria uma conexão dele com a obra”, esclarece Renan.
Visto que o fluxo de inscrição para participação no projeto é contínuo, os interessados devem entrar em contato através das redes sociais @10dimensoes. Os próximos passos do projeto visam realizar a sua divulgação no formato de artigos e, em seguida, mostras artísticas, validando e aperfeiçoando as obras, sempre com foco na interatividade com o público. O grupo recentemente fez a divulgação do baile de robôs na conferência internacional de imagem, da Colômbia, de forma remota. No final deste ano, a divulgação das obras será no evento GoRN e na Mostra de Robótica e Inovação do Rio Grande do Norte.