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Em alusão ao Dia Internacional Pela Luta dos Direitos das Mulheres, a Assessoria de Comunicação da Escola de Ciências e Tecnologia apresenta a série: ECT Mulheres, que com o objetivo mostrar a realidade das mulheres nos meios científico, acadêmico e profissional.
Para a primeira matéria, conversamos com duas funcionárias terceirizadas, de uma empresa que presta serviços para a UFRN, para saber um pouco mais de suas histórias e desafios.
Nossa primeira personagem se chama Eliane Célia e é funcionária terceirizada da ECT há dois anos e três meses. Dona de um sorriso contagiante, a mulher de 44 anos é mãe de seis filhos e atualmente mora em São Gonçalo do Amarante, região Metropolitana de Natal.
Eliane conta que já trabalhou também como vendedora, copeira e atua como terceirizada, na limpeza, desde 2010. Apesar de sempre ter trabalhado em ambientes com muita presença masculina, não se sente desconfortável ou de forma alguma oprimida. Na ECT, em particular, conta que foi muito bem recebida e adora sua equipe. “Não sou muito de fazer amizades, principalmente com os alunos, mas se vejo que eles tentam se aproximar, acabo gostando de interagir” declara Eliane.
Filha de uma vendedora autônoma que a criou sozinha, Eliane aprendeu desde cedo o valor da família e afirma ser essa sua maior motivação para lutar todos os dias, mesmo que seja preciso fazer alguns sacrifícios. “O que eu diria para todas as mulheres é que lutem. Lutem pela sua família, por uma vida melhor, por tudo batalhem. Não tenham medo de lutar” finaliza.
Outra mulher que não tem medo de enfrentar as batalhas da vida é sua colega de equipe, Roseli Amorim, de 37 anos. Natural de Goianinha- interior do estado- Roseli hoje mora no bairro Vale Dourado, localizado na zona norte de Natal.
Roseli- funcionária da ECT há um ano e dois meses- é mãe de um rapaz chamado José Vitor e conta que precisou sair de casa muito cedo, aos 15 anos. O motivo da sua mudança para capital se deu para ajudar a mãe- funcionária de um restaurante local- com as despesas, pois seu pai faleceu quando ela tinha apenas 10 anos.
Aqui em Natal, Roseli iria trabalhar como babá para sobreviver. No entanto, a primeira função acabou não dando certo e ela precisou trabalhar como empregada doméstica na casa de uma tia, até se casar. O casamento durou 19 anos.
Ao contrário do que relata Eliane, Roseli conta que ser mulher torna-se complicado em ambientes com predominância masculina, pois, muitas vezes, em tom de brincadeira, situações incômodas acontecem nos ambientes de trabalho, deixando a mulher numa posição desconfortável. “A dica que eu dou é: jamais se calem. Procurem ajuda, falem com superiores e assim vocês vão se sentir melhor”, afirmou Roseli para todas as mulheres que já se sentiram assediadas dentro e fora do trabalho.