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Aconteceu nos dia 01 e 02 de dezembro de 2021, transmitido pelo Canal UFRN no Youtube, o Encontro Integrado dos Programas de Ensino, de modo virtual, sob a organização da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O Encontro faz parte do conjunto de ações formativas da Prograd em prol da formação inicial dos professores. Por ser um evento de cunho multidisciplinar, o EIPE trabalha através da reflexão sobre os rumos dados à formação de professores, de modo inicial e continuado, em diferentes áreas de conhecimento. Nessa perspectiva, os trabalhos submetidos ao EIPE se configuraram como relatos das experiências vivenciadas pelos autores dos trabalhos (discentes e docentes orientadores) enquanto estiveram vinculados aos programas e projetos de ensino.
Abordando diversos assuntos como física, química, matemática, linguística, tecnologia e questões sociais, dos 500 trabalhos aprovados pelo EIPE (Encontro Integrado dos Programas de Ensino), 42 projetos são da Escola de Ciências e Tecnologia. Entre eles estão os trabalhos das professoras Jossana Ferreira, que versa sobre projetos de tutoria, e Herculana Torres, que trabalha a interação entre metodologias científicas e a incubadora INPACTA. Os dois trabalhos foram escolhidos como destaque dentre todos os outros como os mais bem avaliados pela equipe do evento e foram apresentados na cerimônia de encerramento. Ao todo, apenas 6 trabalhos, dentre os 500 de toda a UFRN, foram premiados.
Relatos de Experiência na Tutoria
O primeiro projeto premiado, intitulado “Relato de Experiência na Tutoria em seu Primeiro Semestre de Forma Remota”, traz a perspectiva de alunos e professores sobre o processo e desenvolvimento de um programa feito para orientar os novos alunos ingressantes da UFRN, mas que teve de ser adaptado totalmente para um formato remoto. Segundo a orientadora, os professores, conjuntamente com os alunos, tentaram deixar a tutoria no formato mais próximo possível do convencional, que era essencialmente presencial: “Nós escolhíamos os horários e os grupos se reuniam 2 vezes por semana com, em média, 6 pessoas.”, explicou.
Apesar do receio inicial, Jossana conta que todos percebiam que faltava uma conexão entre os alunos ingressantes e a Universidade. Partindo disso, fazer um programa de tutoria remota não só era uma forma ideal de adaptar o projeto como também um caminho para conseguir conectar esses novos alunos, principalmente porque os tutores, além de já terem passado pela experiência de ser um calouro na universidade, entendem as dificuldades de adaptação ao ensino remoto, já que estão vivenciando isso nos últimos semestres.
O grupo de tutores é um grupo bem ativo e proativo, que utilizam plataformas digitais como o Discord para conseguir conversar com os alunos. Através dessa plataforma, eles atendiam as demandas de diversos grupos de estudo, disponibilizando em lugar só todas as informações necessárias, tirando dúvidas, interagindo com eles, e até mesmo os próprios grupos interagiam entre si quando tinham alguma dificuldade em comum. Com o tempo eles começaram a perceber como essa dinâmica conseguiu ajudar bem os alunos. “Muitos alunos acharam que esse formato foi muito proveitoso porque, se o aluno ingressante já chega na Universidade meio perdido, imagina sem ver ninguém, só através da tela de um computador, tendo que buscar das informações que ele precisa e saber das coisas tudo sozinho, então eu imagino que eles estavam bem mais perdidos do que normalmente e os tutores ajudaram bastante nesse sentido” explica Jossana.
Já com relação ao EIPE, a orientadora relata que todos ficaram muito felizes e satisfeitos com o prêmio. Apesar de somente 1 trabalho ter sido premiado, dos projetos de tutoria que tem Jossana como orientadora, pelo menos 3 foram enviados e aceitos pelo EIPE e, na opinião da professora, as diferenças entre eles estão nos detalhes, já que todos compartilham as mesmas experiências e os tutores interagem muito entre eles. Mas a forma como o trabalho foi apresentado, a estrutura, a linguagem utilizada e os referenciais abordados que foram o diferencial.
Metodologia Científica e Tecnológica na incubadora INPACTA
“Avaliação da Interação entre a Disciplina de MCT e a Incubadora INPACTA” foi o segundo projeto de monitoria premiado da ECT, de autoria da professora Herculana Torres e da discente Ana Beatriz Sena, e versa sobre a interação entre as incubadoras de empresas da UFRN e o ambiente acadêmico. Segundo a autora Ana Beatriz, a ideia surgiu como uma tentativa de mostrar como uma incubadora, além de fazer um papel muito importante de acompanhar as empresas, também traz exemplos reais para o meio universitário.
O processo de pesquisa foi realizado através de reuniões semanais na Incubadora de Processos Acadêmicos, Científicos, Tecnológicos e Aplicados – inPACTA, vinculada à ECT, com a participação da monitoria. O tema surgiu a partir da necessidade de mostrar como a inPACTA está totalmente ligada, nos seus processos e vivências de incubação e pré-incubação, à disciplina de MCT (Metodologia Científica e Tecnológica), obrigatória no curso de Ciências e Tecnologia, mostrando aos alunos exemplos reais que se aplicam ao conhecimento teórico de Canvas (um quadro de modelo de negócio) e León Startup (conceito de startup enxuta).
Para Herculana, produzir esse trabalho foi muito enriquecedor, pois trouxe, também, uma visão que os alunos muitas vezes não têm. Sobre o prêmio no EIPE, a professora disse que só a aceitação do trabalho pelo EIPE já é um motivo de grande alegria porque ela sabe que todos os projetos passam por uma série de avaliadores. A satisfação foi maior ao saber que foi premiado. “Foi muito gratificante saber que a temática desenvolvida pelo trabalho de monitoria foi escolhida entre tantas para ser destaque. Fica, à Ana Beatriz, o meu agradecimento pela dedicação.” comentou.