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Em Santa Catarina, estado considerado o celeiro tecnológico, estiveram presentes seis egressos do PPgCTI da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT/UFRN) para participar do evento Startup Summit 2023, que ocorreu no final do mês de agosto, uma das principais conferências do ecossistema brasileiro de startups e o maior evento do Sistema Sebrae no país, juntando empreendedores de todos os polos.
O evento foi realizado pelo Sebrae e pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), com mais de 10 mil participantes presenciais e 30 mil online, atraindo palestrantes e gestores da América Latina, Estados Unidos, Canadá e Europa. Entre tantos nomes presentes, estiveram os egressos Cássio Leandro, Luana Wandecy, Raphael Rodrigues, Vanessa e Islard Rocha, que levaram seus negócios entre empreendedores de startups em diferentes estágios de maturidade, gestores de fundos de investimentos e de hubs de inovação, além de lideranças públicas e privadas de fomento ao ecossistema.
Cassio Leandro é CEO da FacePonto, que foca no gerenciamento de fluxos de RH, automatizando atividades e gerando maior capacidade competitiva para as empresas. A participação no Summit 2023 se deu após a participação da empresa no Sebrae Like a Boss 2023, em que competiram entre as 12 empresas com potencial de internacionalização no Brasil.
Cássio enxerga a ECT e o PPGCTI como responsáveis pelo que aprendeu sobre a equalização técnica de suporte tecnológico. “ Principalmente na parte de desenvolvimento de software, o auxílio que recebemos foi importante. Mesmo na cultura atual onde encontramos desafios sobre levar tecnologia para pequenas e médias empresas, mas a união empreendedora e científica nos ajuda com as dores de mercado,” pontua.
Raphael Rodrigues, que atualmente é doutorando em bioinformática, trabalha há 5 com gestão da inovação. No Summit, ele foi representando também a Faceponto, em que é Diretor de Marketing do Ofício. “Todos os c-levels da empresa vieram da ECT e PPGCTI, o desenvolvimento intelectual e possibilidade de formar um time de ponta vieram dessa escola tecnológica. Minha visão como gestor de inovação e percepção de desenvolvimento de novos negócios mudou consideravelmente, o mercado respeita bastante o PPGCTI, o que já me abriu portas para atuar junto a projetos de inovação industrial de relevância global”, contextualiza Raphael.
A Blindog também esteve com seu estande presente, a empresa soluciona o problema de cães cegos através de um dispositivo inteligente patenteado e identifica os obstáculos à frente do pet emitindo alertas vibratórios. A engenheira de computação e mestre em inovação e tecnologia Luana Wandecy, é a CEO e fundadora. Atualmente o dispositivo da Blindog já está presente em todos os estados brasileiros e mais 5 países.
Luana fala que além da exposição, a participação nas Masterclass e rodadas de negócios do Startup Summit enriqueceu sua visão e o impacto positivo que ela busca promover, também falando sobre o que a motivou a ir. “Além de compartilhar inovação e aprender com líderes inspiradores, foi o fato de podermos estabelecer parcerias estratégicas. A oportunidade nos permitiu receber insights valiosos”, explica. Os passos futuros da Egressa são participar do AWE, um programa da Embaixada dos EUA em parceria com a Amazon e estar presente no Rio Innovation Week, fortalecendo o compromisso com a inovação no cenário nacional.
PPgCTI e fomento à ciência e tecnologia
O curso de mestrado em Ciência, Tecnologia e Inovação foca em uma visão mais ampla dos desafios e oportunidades que os negócios tecnológicos enfrentam, somando a importância de não apenas criar produtos tecnológicos, mas também de compreender as necessidades de mercado e dos consumidores. O curso incentiva a adotar uma abordagem holística, considerando aspectos comerciais, éticos e sociais envolvidos em cada decisão.
A professora e atual coordenadora do PPGCTI, Luciana Lucena, fala sobre o curso ser ainda novo sob a ótica dos cursos de Pós-Graduação no país, mas colocando boas perspectivas no que tem sido trabalhado. “A expectativa é que haja um maior fomento à Ciência e Tecnologia nos próximos anos de modo que os docentes e discentes do Programa sejam contemplados em editais de fomento à Pesquisa Tecnológica e também no estabelecimento de acordos de cooperação e convênios institucionais para recebimento de discentes de instituições públicas ou privada que demandam soluções tecnológicas específicas, aumentando a visibilidade do Programa”, esclarece.
A professora também fala dos passos futuros, pensando em duas vertentes, as relações com o mercado e o processo de internacionalização. “A primeira é inclusive inerente aos mestrados profissionais. A internacionalização do ensino superior e, em particular da Pós-Graduação, ganhou o status de um processo acadêmico que envolve gestão, docentes, discentes e egressos. Nesse contexto, nós pretendemos estabelecer e estreitar mais os laços com a Incubadora de Processos Acadêmicos, Científicos, Tecnológicos e Aplicados (inPACTA), como grande parceira do PPgcTI, além de estabelecer comissões permanentes de relações com o mercado e de internacionalização”, finaliza Luciana.