Encerra-se no dia 20 de dezembro os editais 011/2024 de PRORROGAÇÃO DE PRAZO MÁXIMO DE CONCLUSÃO DE CURSO e 012/2024…
“A monitoria me ajudou muito a perder um pouco da timidez, por ter que falar com os alunos, me ajudou também a repassar melhor os meu conhecimentos.”, disse Alícia Luiza, estudante de Engenharia Biomédica e monitora de Expressão Gráfica. Apesar das dificuldades do ensino remoto, os alunos e monitores estão a todo vapor. Produção de conteúdo para redes sociais e Youtube, criação de jogos, atendimento por plataformas como o discord são métodos encontrados para melhorar a aprendizagem dos estudantes.
Os oito discentes que fazem parte do programa de monitoria, coordenado esse semestre pela professora Débora Machado – ECT/UFRN, precisam organizar a semana em períodos de 4h para realizar as atividades de assistência à docência, atendimento ao aluno, correção e produção de atividades, além de projetos que ajudarão a melhorar a compreensão da turma acerca da disciplina.
Um deles é liderado por Alícia, o sub-projeto chamado “Divulgação de material através das redes sociais”, que consiste em produzir conteúdo para as redes sociais, relacionados à disciplina. Para isso, as plataformas usadas não são apenas Whatsapp ou Instagram, mas, também, Youtube e Discord.
No Youtube, é possível encontrar mais de 50 vídeos com conteúdos de Expressão Gráfica, incluindo exercícios produzidos pelos próprios monitores. Basta pesquisar pelo nome do canal, “Expressão Gráfica – ECT/UFRN” e revisar a matéria, tirar dúvidas e exercitar o conteúdo.
Já o Discord é um plataforma de interação, onde o usuário pode conversar por texto, áudio ou vídeo. Essa foi uma alternativa que os professores Débora Machado, Fábio Sousa e Kelly Kaliane encontraram para interagir com os estudantes. Pensando nessa praticidade, a ferramenta se tornou como um segundo canal de comunicação, bem como o meio de atendimento da monitoria, além do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA).
Diversas possibilidades
Além dessas ferramentas, outro método de ensino é a criação de jogos desenvolvidos usando a plataforma Jamboard – um quadro digital interativo desenvolvido pelo Google -. Como essa é uma disciplina que demanda muita prática, o que ficou limitado pelo ensino remoto, os professores e monitores resolveram inovar com um jogo da memória, que teve sua estreia na quarta-feira (07).
Nele, os alunos se dividem em grupos pelo Discord enquanto a tela da aula é transmitida pelo Google Meet. A partir disso, eles discutem sobre o conteúdo das aulas para tentar achar as peças certas relacionadas aos tipos de linhas. A versatilidade desse jogo faz com que possam executá-lo com vários assuntos, como vistas ortográficas.
Parceria e colaboratividade
Desde 2015, um dos fortes parceiros da equipe de Expressão Gráfica da ECT é o professor Adilson José – CT/UFRN. Segundo a professora Débora Machado, ele a procurou para que pudessem trabalhar em conjunto, em prol da melhor educação para os estudantes – visto que muitos alunos saem da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT), para o Centro de Tecnologia (CT) com a intenção de cursar engenharia – e desde então desenvolvem um trabalho inovador na Universidade.
Já a parceria entre a área de Expressão Gráfica e a área de Projetos e Fabricação do Departamento de Engenharia Mecânica – DEM vem de longa data. No entanto, ações mais concretas foram realizadas nos últimos anos, como o compartilhamento de uma sala para atendimento de monitoria das disciplinas de Expressão Gráfica e Desenho Assistido por Computador – CAD, para Engenharia I. Localizada no prédio do Centro de Tecnologia, a sala foi cedida pela área de Projetos e Fabricação do DEM e conta com estações de trabalho equipadas com softwares de modelagem 3D.
Por alguns anos as duas áreas vêm trabalhando em conjunto na aquisição da licença de um pacote de software de modelagem e manufatura (CREO PARAMETRIC da PTC), visto que os valores de aquisição deste software são elevados. Assim, o custo é dividido entre a ECT e o DEM.
Além disso, contando com os esforços e conhecimento dos técnicos de TI da Escola de Ciências e Tecnologia, foram criadas estações de trabalho na ECT que fossem capazes de processar os programas necessários para a realização da disciplina durante o ensino remoto, possibilitando que o programa pudesse ser executado por computadores mais básicos, como os dos alunos. “Isso ajudou muito a gente. Na verdade, foi o que possibilitou fazer as aulas remotas.”, contou Fábio Sousa.
Todo esse trabalho é fruto de uma relação saudável entre todas as partes envolvidas. É importante ressaltar que os professores se alternam para coordenar o projeto de monitoria. “É muito legal porque todo mundo vai aprendendo e mantendo fresquinha a rotina de ser coordenador desse tipo de programa que é muito legal. A gente sempre se ajuda.”, explicou Fábio Sousa.
“Os professores sempre estão prontos para ajudar os monitores sobre qualquer dúvida”, contou Aleff Ramon, monitor e estudante de Ciências e Tecnologia, com ênfase em Engenharia Mecânica. Assim como ele, Eduardo Eugênio, estudante de Engenharia Mecânica, também falou sobre essa relação: “Os professores são bem abertos, sempre ajudam se tivermos alguma dúvida”, completou.
Tudo isso não seria possível se a equipe não estivesse em sintonia. “Nossa equipe se dá muito bem porque a palavra chave é ‘parceria’. Tanto a gente tem essa abertura para os monitores, quanto eles, também, tem a autonomia de quando tiver alguma sugestão ou crítica, falarem conosco tranquilamente”, disse Kelly, uma das professoras da disciplina. “Temos a alegria de pegar monitores que sempre contribuem”, concluiu.