Professores da ECT/UFRN concluem visita ao PAX. Foto: Adrielen Vilela.

Na sexta-feira (4), um grupo de professores da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realizou uma visita técnica ao Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (PAX) e ao Instituto Santos Dumont (ISD), ambos localizados em Macaíba. A iniciativa teve como objetivo conhecer as instalações, projetos em desenvolvimento e fortalecer o vínculo da ECT com o novo ecossistema de inovação e tecnologia que está sendo estruturado no Estado. A visita foi guiada por Ângela Maria Paiva Cruz, Presidente do Conselho de Administração, e Raphael Rodrigues, Diretor de Administração e Operações do PAX.

No PAX, os docentes conheceram de perto a estrutura do Parque, um complexo com forte potencial de impacto econômico e social para o Rio Grande do Norte. O espaço visa abrigar startups e grandes empresas nas áreas de saúde, tecnologia e energia, a maior parte delas com foco em sustentabilidade, empregabilidade e gerar receita.  “A gente consegue colocar as startups em contato direto com o mercado e reduzir o risco tecnológico e risco de fracasso desses negócios”, aponta o diretor Raphael Rodrigues. 

Além disso, o PAX conta com ambientes de coworking, muitos laboratórios e áreas de capacitação voltadas para bolsistas, pesquisadores e outros profissionais em diversas áreas, incluindo comunicadores institucionais que já estão em atividade. A ECT, ao lado de outras instituições federais e estaduais, reforça o compromisso e a importância da construção de um polo de inovação potiguar. A proposta é transformar o pensamento empreendedor universitário em soluções reais, sustentáveis e economicamente viáveis para estudantes e professores.

Com a pretensão de se internacionalizar, gigantes como a Google observam o desenvolvimento do parque com atenção e interesse de aquisição de salas. Uma empresa norte-americana com intenções mercadológicas já obteve seu espaço de operação no local. Um dos avanços já conquistados é a possibilidade de realização de testes de cerâmica nos laboratórios do parque, algo que antes só era feito em outros estados do país.

O PAX se estrutura como um espaço que respeita a natureza local e busca soluções sustentáveis, inclusive com programas voltados à produção e uso de energias renováveis. A presença de comunidades quilombolas nas proximidades do Parque também tem sido levada em consideração no planejamento das atividades, com iniciativas que visam integrar e beneficiar essas populações. O Parque é um exemplo de como tecnologia e natureza podem coexistir.

Conhecendo o ISD

Membros do conselho administrativo do PAX também estvam presentes na visita ao Instituto Santos Dumont, em conjuntos com os professosres da ECT/UFRN. Foto: Adrielen Vilela.

Já no Instituto Santos Dumont (ISD), os professores foram recebidos por um membro da equipe técnica que apresentou as principais salas do local e iniciativas em andamento. O ISD é referência nacional em pesquisa e inovação voltadas à saúde e à qualidade de vida. Um dos destaques da visita foi o laboratório de neuromodulação, que desenvolve jogos em realidade virtual voltados à reabilitação e estimulação cerebral, conectando ciência, tecnologia e bem-estar humano.

O Instituto também abriga um projeto do SUS em fase de desenvolvimento, além de diversas salas laboratoriais equipadas com as mais modernas tecnologias disponíveis. A atuação do ISD fortalece a interface entre conhecimento científico e políticas públicas de saúde, abrindo espaço para que docentes e discentes possam colaborar em pesquisas com a melhor estrutura e equipamentos tecnológicos da atualidade.

A importância da colaboração interinstitucional 

Na perspectiva institucional, as visões do PAX e da ECT se conecta pela múltipla produção de saberes e todo o processo de produção científica, seja por meio dos cursos de Ciências e Tecnologia ou os programas de pós-graduação, especialmente o Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PPgCTI). Sobre a visita ao ISD, a professora Zulmara Virgínia comenta:  “Dentro do seu escopo, do seu objetivo de desenvolvimento de pesquisas em neurociências, é um campo interdisciplinar no qual tem um diálogo direto com a Escola de Ciências e Tecnologia”.

Os encontros abriram espaço para a realização de novas parcerias e iniciativas referentes a pesquisas dentro da universidade. Estar presente nesses espaços, compreender suas dinâmicas e explorar possibilidades de colaboração é fundamental para preparar estudantes e professores para os desafios atuais da ciência e da tecnologia, especialmente, no que se refere ao desenvolvimento de soluções aplicadas às necessidades reais da sociedade.

Professores e administração do PAX conversam sobre possíveis colaborações entre o Parque e as iniciativas da ECT. Foto: Adrielen Vilela.