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Foi divulgado em outubro o resultado preliminar da Chamada Universal do CNPq, destinada a projetos de pesquisa de grupos emergentes e consolidados de qualquer área do conhecimento. Entre os aprovados, está o projeto Um Modelo Integrado de Análise de Custo de Ciclo de Vida e Economia Circular aplicado a Pavimentos, coordenado pela professora Luciana de Figueiredo Lopes Lucena, da Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN (ECT). O resultado final está previsto para ser divulgado em 30 de novembro.
O projeto pretende desenvolver uma metodologia que integre indicadores de ciclo de vida e de economia circular para utilização de pavimentos com misturas asfálticas provenientes de resíduos e subprodutos industriais, a fim de tornar a indústria sustentável. Luciana, atual coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PPgCTI), explica que a indústria de construção civil, que inclui a da pavimentação, é uma das principais causadoras de impactos ambientais, principalmente no que diz respeito à geração de resíduos e consumo de recursos naturais.
Entender como ocorrem esses impactos, desde os processos de obtenção da matéria prima até o descarte, é fundamental para ter uma dimensão deles e agir preventivamente. Isso passa por um processo de transição de uma economia linear, baseada na obtenção-uso-descarte, para uma economia circular, em que todos os recursos são plenamente reinseridos nos processos produtivos.
Além de Luciana, outros cinco docentes da ECT que atuam em diversas áreas integram o projeto, sendo eles Débora Machado de Oliveira Medina (Engenharia Sanitária Ambiental), Rex Antonio da Costa Medeiros (Engenharia Elétrica), Vera Lúcia Lopes de Castro (Geociências), Carlos Alexandre Camargo de Abreu (Economia) e Diego Rodrigo Cabral Silva (Engenharia da Computação). Estes dois últimos também estão vinculados ao PPgCTI. O projeto conta ainda com a participação de dois bolsistas de pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Campina Grande, que são coorientados por Luciana.
“Um projeto aprovado com uma equipe de professores apenas da ECT demonstra a qualificação do nosso corpo docente e também a capacidade para o trabalho interdisciplinar. Os professores que fazem parte da equipe têm perfis e áreas de atuação distintas e que se complementam. Só vem a fortalecer-nos como equipes”, comenta a coordenadora.
Protagonismo feminino na pesquisa
Outro aspecto importante de se ressaltar é que trata-se de um projeto coordenado por uma pesquisadora mulher. Um levantamento recente realizado pela Capes, mostra que apesar de haver mais mulheres com titulação em pós-graduação no Brasil, elas ainda são minoria nas bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
De acordo com dados divulgados pela Propesq, 62 propostas de pesquisadores da UFRN foram aprovadas na chamada do CNPq, dentre as quais, cerca de 46% foram de pesquisadoras mulheres. “O fato de termos em uma só chamada, quase 47% de coordenadoras mulheres significa que estamos avançando nessa busca de igualdade apesar das nossas múltiplas tarefas. É um percentual superior a outras instituições de pesquisa e a média nacional e mundial”, comenta Luciana.
A Chamada Universal do CNPq previa um orçamento de 300 milhões de reais para grupos de pesquisa emergentes ou consolidados. O projeto foi aprovado com um investimento de aproximadamente 88 mil reais, destinado a compra de equipamentos, custeio e pagamento de bolsas. Confira a lista de projetos aprovados no site do CNPq.